Agostinho nasceu em 354, em Tagaste (na actual Argélia). Sua mãe, Santa
Mónica, muito cedo ensinou-lhe a rezar; depois de haver saboreado com delícias
suas santas lições, deixou-se, logo, arrastar ás mais graves desordens. Não
oferecendo Cartago teatro assaz vasto para o seu génio, foi á Roma, obtendo o
lugar de Mestre de eloquência em Milão. Minhas iniquidades, confessa ele, se
assemelhavam à bola de neve crescendo a medida que a fazem rolar. Sua mãe,
consternada, dirigia a Deus continuas orações, acompanhadas de lágrimas, e
seguia os passos do filho. A pedido seu, Santo Ambrósio o acolheu com bondade
e o esclareceu sobre as ciências divinas. Um dia, por inspiração do céu,
Agostinho abriu as Epístolas de S. Paulo e leu: Não vos entregueis à desordem
e à impureza, porém, revesti-vos de N. S. J. C.. Imediatamente suas
irresoluções cessaram; recebeu o baptismo aos 33 annos, na vigília da Páscoa
de 387. Sete meses depois dessa grande felicidade, Santa Mónica morreu,
pedindo ao filho que se lembrasse dela no altar do Senhor. Agostinho, ordenado
sacerdote, celebrava pela mãe o Santo Sacrifício. Senhor, dizia
frequentemente, tende piedade de minha mãe; era boa, perdoava facilmente
perdoai-lhe também as suas faltas. Bispo de Hippona aos 41 annos (All., Comm.)
começou a viver canonicamente, isto é, em comum com os seus clérigos. A
comunidade forneceu, a numerosas igrejas, bispos e padres e assim o Instituto
de Santo Agostinho espalhou-se pouco a pouco na África, e, mais especialmente,
nas Gallias. A Regra de Santo Agostinho, que dele faz um dos quatro fundadores
de Ordens religiosas, é tirada da epístola 211 por ele escrita a religiosas e
adaptada, em época mais remota, aos homens. Graças à sublimidade da sua
ciência e ao ardor de seu amor, o Santo é um dos quatro grandes Doutores do
Ocidente. Morreu depois de 36 anos de episcopado, no ano 430, recitando os
Psalmos penitenciais.
Adésto supplicatiónibus nostris, omnípotens Deus: et, quibus fidúciam sperándæ pietátis indúlges, intercedénte beáto Augustíno Confessóre tuo atque Pontífice, consuétae misericórdiæ tríbue benígnus efféctum. Per Dóminum nostrum…
Ouvi benigno, ó Deus omnipotente, as nossas súplicas, e, visto que nos permitis confiarmos na vossa bondade, concedei-nos, pela intercessão do B. Agostinho, vosso Confessor e Pontífice, a graça de alcançarmos o efeito benigno da vossa habitual misericórdia. Por nosso Senhor…
Sl. 36, 30-31
Os justi meditábitur sapiéntiam, et lingua ejus loquétur judícium. ℣. Lex Dei ejus in corde ipsíus: et non supplantabúntur gressus ejus.
A boca do justo falará com sabedoria e a sua língua proclamará a justiça. ℣. A lei do seu Deus está no seu coração e os seus pés não tropeçarão.
Allelúja, allelúja. ℣. Ps. 88, 21 Invéni David servum meum, óleo sancto meo unxi eum. Allelúja.
Aleluia, aleluia. ℣. Sl. 88, 21 Encontrei o meu servo David e ungi-o com meu óleo sagrado. Aleluia.